Em um mundo cada vez mais digital, a recente declaração da Steam, uma das maiores plataformas de jogos online, trouxe à tona uma preocupação importante:
não há previsão para a criação de um sistema que permita o repasse de contas após o falecimento do titular.
Isso significa que os jogos, conquistas e investimentos que o usuário acumulou ao longo dos anos podem se perder para sempre, sem qualquer garantia de transferência para seus herdeiros.

A situação se torna ainda mais crítica quando consideramos outros tipos de ativos digitais, como carteiras de criptomoedas. Diferente de contas em redes sociais ou serviços de streaming, onde os herdeiros podem enfrentar barreiras institucionais, no caso das criptomoedas, a perda das chaves privadas que dão acesso aos fundos pode resultar em um prejuízo irreparável. Sem essas chaves, o patrimônio digital armazenado em criptomoedas se torna inacessível, desaparecendo completamente no universo virtual.

Diante desse cenário, surge a necessidade de um planejamento sucessório que contemple não apenas os bens físicos e financeiros tradicionais, mas também os bens digitais. A produção de um testamento cerrado, incluindo informações de acesso a contas digitais e ativos criptográficos, é atualmente a maneira mais eficaz de garantir que seus herdeiros tenham acesso a esses bens. Além disso, é importante rever periodicamente esse documento, atualizando senhas e dados conforme necessário, para assegurar que tudo esteja em ordem quando o momento chegar.

Na era digital, proteger seu legado não significa apenas cuidar dos seus bens físicos. É fundamental planejar o futuro dos seus ativos digitais com o mesmo cuidado e atenção. Ao fazer isso, você assegura que seus herdeiros poderão acessar e preservar o que é seu, garantindo a continuidade do seu legado em todas as suas formas.